Após a publicação da matéria anterior sobre os procedimentos adotados pela Receita Federal na denominada operação Maré Vermelha, a APDA recebeu mais comunicados com diferentes situações. Com base nisto foi montado um grupo de estudos para averiguar os impactos imediatos que estavam sendo assumidos pelos importadores, e também pelos exportadores, pelo atraso na liberação de mercadorias.
Na mesma semana foi publicado no jornal Valor Econômico matéria intitulada "Receita atrasa liberação de importações". Para surpresa dos membros da APDA a operação Maré Vermelha em nada visa averiguar a capacidade econômica nas importações, se há interposição fraudulenta de terceiros, a capacidade logística da empresa, possuindo um caráter estritamente político com o objetivo único e claro de tornar as operações do Comércio Internacional totalmente impossíveis de serem realizadas pelo alto custo operacional. A multinacional Stanley Black & Decker, que importa aproximadamente 80 contêineres por mês, se encontra com seguidas retenções, sendo as mercadorias no momento da parametrização encaminhadas para o canal vermelho (conferência física e documental).
A insegurança jurídica passa não mais a ser exceção, constituindo status permanente aos importadores, que, antes de importarem ficam com a sensação de possibilidade de falência.
Havendo qualquer constrangimento ilegal, deverão os operadores no Comércio Internacional impetrar ações contra a União (Receita Federal).