segunda-feira, 30 de abril de 2012

Maré Vermelha - Parte II

Após a publicação da matéria anterior sobre os procedimentos adotados pela Receita Federal na denominada operação Maré Vermelha, a APDA recebeu mais comunicados com diferentes situações. Com base nisto foi montado um grupo de estudos para averiguar os impactos imediatos que estavam sendo assumidos pelos importadores, e também pelos exportadores, pelo atraso na liberação de mercadorias.



Na mesma semana foi publicado no jornal Valor Econômico matéria intitulada "Receita atrasa liberação de importações". Para surpresa dos membros da APDA a operação Maré Vermelha em nada visa averiguar a capacidade econômica nas importações, se há interposição fraudulenta de terceiros, a capacidade logística da empresa, possuindo um caráter estritamente político com o objetivo único e claro de tornar as operações do Comércio Internacional totalmente impossíveis de serem realizadas pelo alto custo operacional. A multinacional Stanley Black & Decker, que importa aproximadamente 80 contêineres por mês, se encontra com seguidas retenções, sendo as mercadorias no momento da parametrização encaminhadas para o canal vermelho (conferência física e documental).

A insegurança jurídica passa não mais a ser exceção, constituindo status permanente aos importadores, que, antes de importarem ficam com a sensação de possibilidade de falência.

Havendo qualquer constrangimento ilegal, deverão os operadores no Comércio Internacional impetrar ações contra a União (Receita Federal).


quinta-feira, 26 de abril de 2012

Maré Vermelha

A operação denominada "Maré Vermelha" iniciada pela Receita Federal é um absurdo em todos os sentidos e classificações que podem ser dadas. Inadmissível um órgão que criminalize de forma coletiva todas as operações de Comércio Internacional, inviabilizando as importações sob o pseudo slogan de "defesa das industrias nacionais contra a pirataria e operações fraudulentas.

Diversos importadores que necessitam de um órgão ágil, transparente, que de segurança jurídica, se encontram numa situação de descaso, investigação, com mercadorias paradas e apreendidas, ou por muitas vezes sem ter iniciado nenhum procedimento de desembaraço por total falta de estrutura e entendimento da própria Receita Federal. Iniciaram a Maré Vermelha, sem, contudo, ter a menor capacidade para realizar um controle digno da entrada das mercadorias no país.

Parece que há um favorecimento as empresas de armazenagem do setor privado, pois, nesta operação somente estes estão a ganhar. Não houveram grandes apreensões, ou descobriram algo de diferente. Há anos existem tecnologias para verificar o conteúdo existente em cada conteiner sem a necessidade de ser desovado. Scanners de última geração já se encontram instalados em alguns portos brasileiros com vistas a impedir a entrada ou saída de mercadorias proibidas (ou melhor, sem as devidas anuências dos órgãos reguladores). No mesmo sentido a própria Receita Federal possui tecnologia para verificar a capacidade financeira das empresas operadoras no Comércio Internacional, não havendo mais sigilo fiscal, estando todos com seus dados em poder da Receita.

Os interessados em traficar drogas, trazer produtos piratas, armas, e diversos outros bens de consumo que são considerados ilícitos preferem se utilizar das fronteiras terrestres, por meio de contrabando para trazer as mercadorias ao mercado nacional. Em vez de fortalecer por exemplo o posto da Receita Federal em Foz do Iguaçu, controlam as empresas devidamente constituídas sem apresentar motivação plausível.

Somente na última semana a APDA recebeu 15 comunicados de importadores que se encontram com mercadorias retidas sem ter-se iniciado o desembaraço, pois a Receita informa que não há um prazo legal para realizar os procedimentos administrativos. O Judiciário, atualmente, deve atuar de forma a inibir as condutas utilizadas pelos auditores fiscais, que de forma corriqueira tem mantido os importadores numa situação de impotência, criminalizando tudo e todos.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Secex abre investigação sobre importação de laminados

Secretaria de Comércio Exterior (Secex) determinou a abertura de investigação para averiguar a existência de dumping nas exportações da Coreia e da China para o Brasil de laminados planos de aço ao silício, por danos à indústria doméstica. A circular foi publicada nesta quinta-feira, no Diário Oficial da União. O pedido de investigação foi feito pela Aperam Inox América do Sul S.A, antiga Acesita, que incluía também a Rússia nas investigações. Mas a Secretaria decidiu excluir o país porque as exportações para o Brasil representam muito pouco em relação aos demais. 

terça-feira, 17 de abril de 2012

Retenção de carga devido a inadimplência é abuso


Retenção de carga devido a inadimplência é abuso

“O Fisco não pode apreender as mercadorias de modo a forçar o pagamento de tributos.
A Fazenda dispõe de meios próprios para perseguir seus créditos tributários”. Assim afirmou o desembargador Joel Ilan Paciornik, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, ao determinar a liberação de mercadorias importadas apreendidas pela Receita Federal em porto no Paraná.
A 1ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região negou na última semana, recurso
da União e determinou que seja feito o desembaraço aduaneiro de mercadorias da
empresa Thermo King do Brasil, presas na alfândega de Porto Seco/Curitiba II.
A fiscalização havia condicionado a liberação ao pagamento de tributos em atraso pela empresa.
A Thermo King impetrou Mandado de Segurança na 3ª Vara Federal de Curitiba,
após a retenção de equipamentos de refrigeração para caminhões que havia importado.
Conforme a empresa, a Fazenda Nacional cometeu ato abusivo, pois os fiscais aduaneiros
 estariam coagindo os importadores ao pagamento de débitos tributários (SFRB, INSS e FGTS)
não vinculados às importações em curso.
A sentença de primeiro grau foi favorável à empresa, o que levou a Fazenda Nacional
 a recorrer contra a decisão. Segundo a Advocacia-Geral da União (AGU), a Certidão
 Negativa de Débitos Fiscais (CNDF) estaria sendo pedida como condição para que a
 empresa usufruísse da redução do Imposto de Importação prevista no artigo 5º da
 Lei 10.182/2001.
O desembargador federal Joel Ilan Paciornik, relator do caso na corte, manteve a sentença,
 por entender que a certidão negativa pode ser exigida para o ganho do benefício da
 redução do Imposto de Importação, mas não como condição para a liberação de mercadorias. Segundo Paciornik, “a irregularidade que subsistirá será a falta do recolhimento integral
do Imposto de Importação”. Com informações da Assessoria de Imprensa do TRF-4.
Conjur

terça-feira, 10 de abril de 2012

Atendimento

Associação Paranaense de Direito Aduaneiro passa a prestar alguns serviços gratuitos a contribuintes que foram lesados pelo Fisco.

Em diversos procedimentos adotados pela Receita Federal, dentre eles as penas de perdimento de veículos, de moedas e mercadorias, o Fisco atua de forma equivocada e ilegal trazendo diversos prejuízos aos importadores e operadores do Comércio Internacional.

Com vistas a atingir o objetivo constante no Estatuto, a Associação criou mecanismos que possam auxiliar as pessoas físicas de baixa renda e as pessoas jurídicas de pequeno porte, sem, contudo, perder a qualidade técnica no debate jurídico.

Entrando em contato, será agendado um dia e horário para atendimento, assim como a explicação do funcionamento dos serviços.